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    O Chão é uma associação de trabalhadores, sem fins lucrativos, que se movimenta para o aprofundamento da consciência crítica, da democracia e da igualdade de direitos, a fim de construir coletivamente uma sociedade justa e solidária.

     

    Buscamos uma democracia real: tudo é decidido em assembléias semanais, divide-se as funções de forma conjunta, recebe-se igualmente e apenas pelo trabalho, não remunera-se capital. Não há relação de exploração. 

     

    Seguimos os princípios da Economia Solidária, uma política econômica do cuidado, tendo as pessoas como sujeito e finalidade da atividade econômica. 

     

    Articulamos e integramos redes que fomentam a autonomia, o cooperativismo, a autogestão, o antirracismo, o feminismo, o antifascismo, o anti capacitismo e a redistribuição radical de renda.

    Visando a equidade e a horizontalidade, o Chão não tem dono, nem hierarquia. A prática diária se baseia no debate reflexivo sobre o trabalho e sustenta a busca por deslocamentos, visando a superação do sistema capitalista. A partir da vivência, se dá a construção de bases organizativas que favoreçam a tomada de decisão coletiva, através das tecnologias comunicacionais cotidianas.

    Saberes e práticas são valorizadas a partir das potências de trabalho. Pessoas que vieram de todas as classes e com todos os níveis de escolaridade decidindo os rumos e se responsabilizando juntas pelo caminho trilhado.

    Com todas as contradições inerentes, o nosso caminho é o do cuidado, da aproximação das pessoas, da busca por relações mais justas e transparentes. Aliando-se a movimentos sociais, comunidades tradicionais e outras instituições, lutamos pela reforma agrária e urbana, pela agroecologia, pela educação pública, pela saúde pública, pelo combate à fome, pela biodiversidade e preservação ambiental e pela soberania alimentar.

    O Chão é essencialmente um lugar de construção cotidiana de um outro mundo necessário. Uma associação autogestionária que funciona como grupo de consumo aberto, financiado coletivamente. Temos um sítio, uma livraria, uma feira e uma mercearia com produtos agroecológicos, orgânicos e artesanais.

     

    Através desses espaços de trabalho, convidamos as pessoas a experimentar conosco novas formas de relação. Vamos aos poucos, tensionando o estabelecido, deslocando o naturalizado, suspendendo o automático. 

     

    Nesse coletivo desenvolvemos constantemente tecnologias de transformação da relação financeirizada das pessoas consigo mesmas, com as outras e com o mundo. Visamos quebrar a meritocracia, a divisão entre trabalho material e imaterial e, assim, transformar os valores, as práticas sociais e as relações que estabelecemos com o trabalho, com produtores, fornecedores e frequentadores. 

     

    Em busca do fortalecimento de todos os componentes da cadeia produtiva, valorizamos economicamente produtores, trabalhadores e tornamos o preço mais acessível dos alimentos agroecológicos para todos. Os produtos são vendidos pelo preço de custo (preço de nota, frete e perdas).

     

    Todo mês fazemos uma previsão de custos e uma previsão de vendas e, a partir disso, sugerimos aos frequentadores, a cada compra, um  percentual de contribuição para que possamos manter o espaço funcionando. Ao longo dos anos esses valores foram se estabilizando e, hoje, nossa necessidade mínima é de 25% e a sugestão de 30% sobre o valor dos produtos.

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    Além de ser transparente, esta é uma forma mais eficiente de comercialização, já que não há exploração de quem produz, nem de quem trabalha e, mesmo contribuindo com o que precisamos para a manutenção do projeto, gasta-se menos comprando nesse modelo, pois não há especulação no preço dos produtos.

     

    No gráfico abaixo, em pesquisa realizada pelo Instituto Ipê, podemos ver um comparativo dos preços do Chão com outros mercados da região.

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    Assim, amplia-se o consumo de produtos mais sustentáveis, promove-se a redistribuição de renda e a descentralização do poder. Temos mais de 550 grupos produtores no Brasil que fornecem para a associação., construindo uma rede horizontal e participativa de relações sociais e econômicas e sempre priorizando relações de produção e de trabalho mais democráticas em todo o país.

    A comida, além de ser a cadeia essencial, pode ser usada para fazer uma discussão cotidiana sobre modelo econômico e modo de estar no mundo. Em busca de alimento, as pessoas  frequentam semanalmente esse espaço e, a cada dia, inserimos mais uma camada de questionamentos. O grande debate é a mudança das relações entre as pessoas.

     

    O objetivo é colocar luz em processos que estão escondidos nas relações convencionais de consumo. O ato de comprar significa incentivar ou não determinada rede de relações,  determinado fluxo econômico.

     

    É, também, uma conversa sobre o valor do trabalho de cada parte da cadeia. Mostra como alguns trabalhos são muitas vezes desvalorizados, ainda que sejam tão essenciais para a vida. Que sociedade é essa na qual vivemos, que valoriza uns trabalhos tão mais do que outros? Como distribuímos a riqueza gerada na nossa sociedade?

     

    Precisamos pensar novos princípios econômicos, regidos por uma perspectiva solidária que afete toda a  cadeia produtiva, transformando direta e radicalmente as relações sociais. Afirmamos na prática cotidiana da comercialização, que direitos elementares como alimentação, saúde, transporte, moradia e educação não podem ser fonte de lucro, em detrimento da defesa da vida.

    Abrimos as portas em maio de 2015, começamos com 6 pessoas e um financiamento coletivo de R$42 mil.

     

    Já no primeiro ano de funcionamento, o faturamento mensal cresceu mais de 400%. De junho de 2016 a dezembro de 2023, período de crise econômica e política no país, o crescimento foi superior a 600%. Nesse periodo, o Chão movimentou mais de R$150 milhões.

     

    Atualmente, somos uma equipe de 30 pessoas, que movimenta mais de R$3,2 milhões por mês em alimentos orgânicos, agroecológicos e artesanais, sempre prorizando produtos provenientes da reforma agrária, da agricultura familiar e de comunidades indígenas e quilombolas.

    Sempre tivemos o objetivo de ser um projeto auto sustentável. Para isso é necessário ter escala e uma grande diversidade de produtos, sendo uma alternativa real tanto para pequenos produtores, que podem escoar boa parte da produção em um só lugar, quanto para os consumidores, que podem satisfazer suas compras também em um só espaço.

     

    Ao longo desses 8 anos, o modelo de negócio e organizacional do Chão se consolidou, tornando-se uma alternativa real de comercialização solidária, fechando a cadeia de alimentos baseada em outra lógica desde a produção agroecológica e orgânica dos produtos, como sua venda de forma justa e distributiva.

     

    Nesse contexto, nossa rede de fornecedores e produtores passou a incentivar e dar suporte à ampliação desse modelo para escoamento da sua produção em detrimento à tentativa de entrada nos mercados convencionais, na direção da construção de uma rede solidária de produção, distribuição e comercialização de alimentos agroecológicos - agricultores e agroindústrias familiares, associações e cooperativas. 

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